Gosto tanto, tanto, tanto,
Que este meu gostar
Até me causa algum espanto.
Espanto por nunca ter tido
A coragem de dizer: "Paizinho!...
Eu gosto tanto, tanto, tanto,
Que este meu gostar,
Quase não cabe no meu peito!"
Ah! Como fui capaz
De guardar só para mim
Tamanho sentimento?!
Se há coisas de que me arrependo
É de nunca lhe ter dito: "Paizinho!...
Eu gosto tanto, tanto, tanto,
Que nem eu sei o quão grande é este meu gostar!"
Tenho uma saudade imensa, intensa e angustiante,
Que não me larga um instante!
Tenho saudade de estar consigo!...
Saudade de o ouvir falar,
Saudade de o poder ver,
Saudade de o abraçar, de lhe dar um beijinho e dizer: "
Paizinho!...Meu Paizinho!...”
Que bom seria ter
Um segundo apenas,
Um momentinho que fosse,
Para lhe poder dizer
O que nunca fui capaz,
Mas o tempo não volta atrás
E eu vou ter que viver
Na esperança de quando morrer,
O poder encontrar
E finalmente dizer:
"Paizinho!... Gosto tanto, tanto, tanto,
Gosto tanto de si!"
Autora:
Amélia Maria Queirós Barata de Lima Silva
21 de janeiro de 2015
Mais uma vez obrigado colega por este poema, no qual nos alerta para uma realidade tão atual. Nunca valorizamos o que é mais importante na vida. Bem haja