Realizou-se no passado dia 31 de outubro 2024 pelas 11,00h e 15,30h, uma visita de estudo programada ao nosso Lagar de Azeite (Museológico), tendo como guia a Reitora da Unisseixal professora Mariana Mareco, que nos falou do Grémio da Lavoura de Almada e Seixal, da origem deste Lagar e do seu funcionamento até ao momento atual.
O Grémio da Lavoura de Almada e Seixal, teve como principal impulsionador D. José Manuel de Noronha e Menezes de Alarcão, conde dos Arcos. A direção tomou posse em 1943 tendo a sua primeira sede sido em Cacilhas. Foi seu primeiro presidente o Dr. Joaquim Filipe Rosado que poucos meses volvidos foi substituído no cargo por Álvaro da Costa Piano. O Grémio dedicava-se à comercialização, de matérias-primas (sementes e produtos químicos) e combustíveis destinados aos seus associados a fim de facilitar o escoamento dos produtos produzidos nas quintas, bem como, dos produtos hortícolas produzidos por pequenos e médio agricultores.
Em 1957, a Câmara Municipal do Seixal aprovou um projeto para ser implantado num terreno de que o Grémio dispunha, junto à Estrada Nacional nº 10, no Fogueteiro. Nesse espaço foi construído um lagar de azeite, o armazém de venda ao público e o parque de máquinas e alfaias agrícolas, tendo a inauguração acontecido a 23 de maio de 1958.
Francisco Cargaleiro foi o presidente do Grémio ao longo de duas décadas e teve um papel central na sua dinâmica.
Mais tarde designada Cooperativa Agrícola de Almada e Seixal foi doado à Câmara Municipal do Seixal em 1998.
Em maio de 2020, foi assinado um contrato de comodato entre a Câmara Municipal do Seixal e a Casa do Educador do Seixal em que a autarquia cede o direito de utilização por 30 anos do edifício do antigo grémio da Lavoura, onde passará a funcionar a Universidade Sénior após as obras de remodelação, com a preservação do lagar de azeite como espaço museológico.
Importa referir a importância social e educativa desta obra, que posiciona o concelho do Seixal na linha da frente da qualidade das universidades seniores no país.
Seguiu-se a projeção de um vídeo onde pudemos dar uma passada pela história da olivicultura ilustrando algumas das formas de como o ser humano colhe ou colhia as azeitonas: com a mão uma a uma ou em cacho, colhendo os frutos caídos, batendo com varas, com ferramentas manuais, com derriçadeiras ou varejadores e a mecanizada.
Qualquer que seja a forma escolhida as azeitonas merecem ser bem tratadas pois assim as suas propriedades são melhor preservadas.
As quatro principais variedades de azeitonas são: a galega, a cordovil, a verdeal e a cobrançosa, sendo a galega a variedade mais difundida em Portugal, representando cerca de 80% da superfície de olival nacional.
O Azeite extraído nos lagares caracteriza-se por sensações consideráveis de verde, amargo e picante, consoante a variedade da azeitona.
Para terminar em beleza, nada melhor que uma degustação de azeite, que neste caso era da região do Alentejo (Alcácer do Sal).
Obrigada Sra. Reitora prof. Mariana Mareco por nos dar a conhecer a história deste edifício onde hoje temos uma Universidade de Excelência e um muito obrigado à Câmara Municipal do Seixal.
BM/AM
Fotos da Visita
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