Visita de Estudo à Reserva Natural do Paul do Boquilobo, Golegã e Aldeia de Azinhaga
A Disciplina de Questões Ambientais (professora Mariana Mareco), realizou no dia 27 de junho 2019, uma visita de Estudo ao Paul do Boquilobo, Golegã e Aldeia de Azinhaga.
Partimos da Amora pelas 8 horas com destino à Reserva Natural do Paul do Boquilobo, situada ao longo da junção dos concelhos de Torres Novas e Golegã.
Pelo caminho a Prof. Mariana foi-nos falando da fauna, flora e industria existente nos concelhos vizinhos.
Chegados à Reserva Natural do Boquilobo, fomos recebidos por um técnico ali presente, que nos falou da existência desta Reserva Natural.
Situada na confluência dos rios Tejo e Almonda, bem perto da Golegã, a Reserva Natural do Paúl do Boquilobo compreende uma área de cerca de 529 hectares numa zona caracterizada principalmente por maciços de salgueiros e freixos.
Parte desta Reserva tem a particularidade de estar localizada na Quinta do Paul do Boquilobo, que chegou a ser pertença das Ordens do Templo e de Cristo, tendo sido doada pelo rei D. João I ao seu filho Henrique.
A Reserva é uma zona húmida, e a única área protegida portuguesa integrada na Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO, com as suas zonas interiores alagadas durante praticamente todo o ano, encontrando-se cobertas por várias e importantes espécies de plantas aquáticas e caniçais, pelo que o período mais agradável para visita é entre os meses de março e julho, quando a Reserva fica coberta do verde que a caracteriza.
É na Reserva Natural do Paul do Boquilobo que está instalada a maior colónia de garças da Península Ibérica.
Mas muitas outras espécies aqui habitam e denotam a importância desta Reserva, tais como anatídeos, galeirões, limícolas, o Zorro-comum, o Coelheiro, a Piadeira, ou peixes como o Ruivaco, a Boga-portuguesa, ou mesmo outras espécies como a lontra, o Toirão, o Rato de Cabrera, entre tantas outras.
Após o almoço, na Aldeia de Boquilobo, fomos para a Aldeia de Azinhaga, terra natal de José Saramago.
No novo espaço, o núcleo da Fundação José Saramago podemos ver a cama onde os avós de José Saramago dormiam e que, como contou no discurso do Prémio Nobel, servia de abrigo, nas noites de frio, para os animais mais delicados. Também se vêm fotos de família de José Saramago do tempo d’As Pequenas Memórias, reconstruindo-se um certo modo de vida rural com a reprodução de uma cozinha local do início do século passado.
As novas instalações da Fundação José Saramago em Azinhaga contam ainda com uma biblioteca, uma livraria e um auditório capacitado para receber diversos tipos de atividades culturais.
Também visitamos a estátua de Saramago, exposta sobre um banco de jardim no largo principal da Aldeia de Azinhaga, que o próprio escritor veio inaugurar em 2009.
Partimos para a Golegã e visitamos a Igreja Matriz da Golegã, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Conceição, situada no centro da vila da Golegã. Esta igreja, datada do século XVI, constitui um dos mais emblemáticos e mais bem conservados exemplares do estilo manuelino, merecendo especial destaque o seu magnífico portal.
Regressamos a Amora culturalmente mais ricos. Obrigada professora Mariana Mareco, por mais uma visita de estudo que nos proporcionou.
Lamentamos, no entanto, que para o próximo ano letivo a nossa querida professora Mariana Mareco, muito estimada por todos os seus alunos, não possa continuar a lecionar esta disciplina, mas compreendemos e desejamos-lhe os maiores sucessos como Reitora da UNISSEIXAL.
BM/AM
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