No passado dia 29 de Abril, por iniciativa de Ana Nobre, professora de História de Arte do Pólo de Corroios, realizou-se uma visita ao Palácio e à Tapada de Mafra, partes integrantes do complexo monumental do Palácio Nacional de Mafra, classificado pela Unesco como Património da Humanidade desde 2019.
Apesar de orientada sobretudo para a turma de História de Arte e para a temática do barroco, matéria do programa do corrente ano lectivo, contou com a participação de outros professores e alunos da Unisseixal e alguns acompanhantes.
Teve como principais objectivos:
- Consolidar a ideia de programa decorativo do barroco joanino, identificando vários dos seus elementos caracterizadores, como por exemplo: utilização de vários materiais, com especial destaque para os pétreos e para a sua policromia; trompe l’oeil; escultura (de vulto e relevos) italiana barroca, glorificação do rei que se assume e se quer afirmar como absoluto pela Graça de Deus.
- Perceber diferenças e intersecção entre programa decorativo religioso (Basílica) e programa decorativo laico (Palácio);
- Valorizar património nacional, cultural e natural.
De manhã, para além da visita às várias salas e aos aposentos reais do Palácio, onde se exaltam, com recurso a temas mitológicos, a dinastia de Bragança e Portugal, visitaram-se a fabulosa basílica dos seis órgãos e dos dois carrilhões e a magnífica biblioteca, onde se conservam, com a ajuda de pequenos morcegos, alguns milhares de valiosos livros.
À tarde, o destino foi a Tapada de Mafra, património natural que vale a pena conhecer e que tem vários programas adaptados a públicos diferentes. Iniciou-se com um piquenique que, apesar das condições atmosféricas não terem sido as melhores (o frio e a humidade quiseram fazer companhia ao grupo, talvez por terem percebido quão caloroso era), permitiu uma agradável partilha de petiscos e de conversas.
Às 16 horas, com todos bem arrumadinhos num “comboio” do parque, começou o percurso pelos trilhos de D. Carlos, que muito gostava de caçar na Tapada.
Vimos javalis e javalinas, gamos e um esquilo que gerou entusiasmo contagiante na guia, que explicou muito bem qual a diferença entre gamos e veados. Foi feita uma paragem no Museu da Tapada, onde se percebeu melhor essa diferença com a observação das hastes expostas e onde se pôde ver uma colecção interessante de carros de tração animal.
Correu tudo muito bem e o regresso foi super tranquilo. Apesar de algum cansaço, nunca deixaram de se ouvir vozes animadas…
Ana Nobre
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